O tema inteligência artificial está na moda. Diversas ferramentas de IA vem sendo lançadas e rapidamente acabam conhecidas ao redor do mundo. A semanas atrás foi o caso do App Lensa, um editor de fotos baseado em IA que conquistou as mídias sociais. E nos últimos dias, só se fala sobre o ChatGPT uma ferramenta conversacional (chatbot) desenvolvida pela OpenAI, empresa da qual Elon Musk tem participação que vem mostrando um potencial de aplicabilidade sem limites e até já chamou a atenção da Microsoft. De fato, muitas aplicações de IA deverão ter seus 15 minutos de fama, entretanto, poucas revolucionarão alguns setores da economia. E o artigo de hoje vai tratar do uso de inteligência artificial no varejo.
A transformação digital que ocorreu no varejo e foi bastante acelerada pela pandemia, exigiu das empresas a atualização de várias tecnologias; modernização do sistema de gestão de estoque dos centros de distribuição e lojas, eficiência para ganho de velocidade nas entregas e inteligência comercial baseada em dados e insights conversacionais são algumas das tecnologias que foram e ainda são o foco dos investimentos nos últimos 24 meses, dentre outras. Hoje, vamos nos concentrar no uso de IA no varejo.
A utilização de IA no varejo tem como objetivos principais melhorar a eficiência operacional em toda a cadeia (ROI), aumento de receita e proporcionar a melhor experiência para o cliente. São diversas as aplicações que já contam com inteligência artificial: totens de autoatendimento, provadores virtuais, listas de desejo baseadas em dados, marketing ads, chatbots e aplicações que utilizam sensores em lojas, são algumas de outras tantas que já existem no mercado. Todas elas tem como premissa em comum a utilização dos dados do cliente para gerar, de fato, inteligência comercial para os varejistas. Isso porque, grandes volumes de dados analisados podem fornecer padrões de compra que podem ser explorados, além de um melhor planejamento de demanda, evitando desperdícios (prejuízo financeiro).
Todo varejista tem como grande desafio manter seu estoque bem abastecido, sem rupturas e com assertividade de giro de produtos. De nada adianta uma equipe de vendas bem treinada fazer todo o trabalho, se no momento do fechamento, não existe o produto disponível no estoque. A chamada ruptura, além disso, abre espaço para os concorrentes. Ainda menos vantajosa é a situação de ter um estoque mal planejado e inflado de produtos de baixo ou nenhum giro.
A inteligência artificial é utilizada para gerar previsibilidade estatística, baseada em dados históricos, precisamente dezenas de variáveis de entrada e saída, como a sazonalidade, tendências, regionalidade, o tempo médio em que um produto permanece no estoque, e o volume de compra e venda em um determinado período. Dessa forma, a probabilidade de ter um estoque equilibrado aumenta significativamente e os compradores acabam fazendo um papel muito mais estratégico para as empresas, gerando até mesmo margens mais saudáveis no balanço.
A área de compras e até mesmo financeira, pode tirar vantagem da IA analisando informações da concorrência e até mesmo dos clientes, como a taxa de inadimplência, tempo médio para pagamento, índice de confiança do consumidor e poder aquisitivo, gerando padrões previsíveis para o giro de estoque. Uma das principais vantagens comerciais é o aproveitamento das informações para negociações a favor do comprador.
Essa estratégia consiste em ofertar produtos ao consumidor, no momento oportuno. Como assim? Imagine que você acaba de comprar uma bola de basquete. A primeira pergunta óbvia é: será que esse consumidor já tem a cesta? Pronto, você acaba de ser impactado no App da loja por vários modelos de tabela de basquete. O mesmo vale para camisas de time, bermudas, joelheiras e outros itens complementares. O App vai usar seus dados e os dados de outras pessoas que compraram o mesmo item, ou semelhantes! Outro recurso poderoso de inteligência artificial no varejo é a lista de desejos. Dessa lista, as varejistas podem tirar vários insights e até mesmo enviar mensagens e pop-ups na tela do App, quando um item entra em promoção, ou tem condições especiais em uma oferta.
O uso de sensores aliado a coleta de dados dentro do App pode fornecer insumos incríveis para a inteligência comercial. Com RFID, é possível ter um mapa de calor das regiões da loja com maior movimento, separando em horários e utilizando-se a IA para identificar padrões de concentração de pessoas. O App entra complementando com os dados demográficos como idade, gênero, perfil de compra, ticket médio e lista de desejos. Com esse nível de tecnologia, é possível programar uma TV para rodar um anúncio de um produto em promoção que você tenha na sua lista desejos, assim que você adentrar a zona dos sensores dentro da loja. Parece muito futurista, mas já é uma realidade em prática, em muitos varejistas.
Existe mais de uma forma de se criar uma aplicação de provador inteligente. A primeira delas foi desenvolvida com uso de etiquetas RFID que permitem a gestão digital de todo o estoque, entre outras funcionalidades. Quando o cliente está no provador, o espelho, reconhece todas as peças de roupa (com a tag RFID) que o consumidor deseja experimentar. Assim, uma prévia é exibida na tela para o cliente, evitando que a prova seja feita de fato, o que economiza muito tempo! Na tela também é possível pesquisar outros tamanhos, cores e a IA pode sugerir combinações interessantes.
Outra maneira, é através da tecnologia 3D e realidade aumentada. O software “escaneia” a silhueta da pessoa e detecta o contorno. A realidade aumentada pode ou não utilizar um vestível, que pode ser um óculos de realidade aumentada e permitir que você veja as imagens projetadas do seu corpo vestindo as peças.
Nestes formatos, câmeras não são necessárias, portanto, os clientes podem ter certeza de que sua privacidade fica protegida.
Este é um tema muito atual e bastante extenso e é por esse motivo que vamos dedicar um artigo exclusivo a ele! Deixando um pequeno spoiler, chatbots hoje são vitais para dar escala para os times envolvidos em operações de varejo. Vendas, atendimento, financeiro, SAC, são algumas das equipes que podem se beneficiar dessa estratégia.
Por fim, existem diversas outras formas de se utilizar inteligência artificial no varejo para tornar a jornada do consumidor cada vez mais personalizada, gerando diferencial comercial e competitivo para as empresas. Fique ligado aqui no blog e no Linkedin da Quebeck para receber mais artigos como este.
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